terça-feira, 5 de agosto de 2008

Não é bem assim

Tem-se alardeado na mídia que o Internacional, devido à suspensão de Taison, jogará com 4 volantes contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Sim e não.

Edinho, de fato, é o volante clássico – ou pelo menos gostaria de ser. É, de qualquer maneira, vigoroso e combativo. Magrão, de volta ao time após uma ligeira má fase, destaca-se de fato nas funções defensivas; não raro, contudo, chega à área adversária para concluir e assistir com eficiência. Guiñazú é um leão na marcação, mas tem um passe extremamente qualificado e orquestra perigosas triangulações pela esquerda, especialmente quando tem às suas costas um cão de guarda (o que confere a Edinho seu valor maior, no final das contas).

Entretanto, o acréscimo mais significativo para o time colorado no Mineirão é Rosinei. De uma bela estréia no Maracanã, nada menos do que o maior estádio do mundo, o jogador não se intimidou e chega justificando o que se dizia a seu respeito. Justifica, pois, sua escalação para o jogo desta quinta-feira.

O meia – ou volante, como queiram – deu passe primoroso para Nilmar fazer o primeiro gol colorado no Rio de Janeiro e manteve um ritmo muito importante no primeiro tempo. Seu maior defeito, aliás, foi justamente ter cansado e privado o time de seu empenho na segunda etapa. Sem Rosinei, o Colorado passou sufoco.

Edinho é volante, cabeça-de-área, centro-médio, brucutu, como queiram. O resto não. Se Guiñazú e Magrão jogarem o que sabem, e Rosinei estiver novamente à vontade, a perspectiva é boa.

Lembro de uma vitória emblemática, contra o São Paulo em 2006. Não aquela vitória, e sim uma anterior, pelo campeonato brasileiro, que serviu de ensaio para a final da Libertadores. Naquele dia, devido a desfalques, Abel escalou três zagueiros e dois volantes. Volantes mesmo. Edinho e Fabinho, mais especificamente. Pensei: "bah". Não deu "bah"; deu Inter 3 a 1, dois do Índio e um do Sobis.

Escalação não ganha jogo. Nesta quinta, joga Adriano ao lado de Nilmar. Sabemos, não faltará movimentação.

Rosinei, o "quarto volante", provou-se essencial para a primeira vitória colorada fora de casa. Seu desafio, agora, é ajudar na segunda.

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