quinta-feira, 19 de julho de 2007

Pois é...

Agora eu tenho um blog.

Por quê?

Não sei ao certo. Sempre gostei de escrever, mas nunca tinha tido coragem - ou saco - suficiente para me aventurar por esta selva já violada, desmatada e pisoteada por todo o tipo de pessoas, letradas ou não; com a Internet, todos somos escritores, seja isso bom ou ruim. Neste caso, tu provavelmente lerás um conjunto de lamúrias de um estudante de jornalismo em crise. Ou de um otimista incurável, dependendo do dia e do resultado do Internacional na rodada. Quem vai ler? Meus amigos, minha namorada... minha família, talvez. O fato é que eu sempre lidei com as palavras e lidarei até o último de meus dias, porque o INSS não tem sido legal com jornalistas. Os jornais também não. Na verdade, ninguém tem sido. "These are dangerous times for rock'n'roll", já diria Lester Bangs.

Mas há esperança! Convenhamos, o mercado é ruim para todo mundo... Quem nunca quis sair às ruas, microfone em punho, entrevistando transeuntes para depois voltar à redação onde tem aquele monte de pessoas que têm muito mais que quinze minutos de fama?! Uma redação inteira ganha em um ano o que as outras pessoas que aparecem na TV ganham em um mês, mas e daí? O que conta é a visibilidade. Ânimo, gente! O Dólar está baixando, Bush não vai ser reeleito (até porque não vai concorrer) e o pessoal do Senado não pode ser tão ruim assim.

Qual é a saída? Mônica Veloso mostrou à categoria uma opção com a qual não simpatizo muito, mas foi uma tentativa! Uma salva de palmas a ela, mas o que posso fazer eu, que não tenho um belo rosto bronzeado ou um útero? Ah, Diário Gaúcho, Tititi e Capricho também não são exatamente o que eu tinha em mente, mas qualquer conselho será analisado com carinho. Me diz, tu que vais comentar, se souberes de algo.

E rápido, por favor.

4 comentários:

Unknown disse...

Pois olha, pelo menos por enquanto, o único "algo" do qual eu sei é que o jornalismo vive o tempo de valorizar a quantidade, e não a qualidade. Quem pára pra ler a coluna do David Coimbra (e olha que nem é um exemplo tão bom)? Pra que isso, quando se tem rios de informação rolando na internet, através de pequenos trechos de texto, dizendo: "Daiane se lesiona e não participará do Pan".

Por trás dessa "falta de oportunidade" existe toda uma lógica mecanicista, que inclusive vai se manifestar no novo currículo da Fabico (o Petry está arrasado - falei com ele huehe). Enfim, são tempos de youtube. Mas sempre há espaço, nem que seja esse espaço - que, de uma forma ou de outra, beneficia a quem escreve e a quem lê com interesse - para colocas óleo às engrenagens, não deixar enferrujar.

À parte disso, tem muita água pra rolar ainda. É importante reparar nessa consciência do "com o que estou lidando", mas, assim como tu, sou um otimista incurável, carrego comigo a contradição viva de ser cético e idealista ao mesmo tempo. Aliás, o aumento da fonte no fim do texto é proposital? Proporcional ao aumento de esperança? =P

Cara, está "favoritado"! Espero acompanhar todos os devaneios por aqui, por mais porra nenhuma que eles tenham a passar (o que não é o caso desse primeiro post). Abração!

leli disse...

vive le pierre!

Jessica Mello disse...

Infelizmente, não poderei ajudar. As mesmas questões que te afligem são as minhas, a única diferença é que tenho um útero.
O que será de nós, futuros jornalistas? Ainda temos alguns anos de FABICO pela frente pra descobrir, ou, pelo menos, tentar entender.

Também administro um blog, sinta-se a vontade para visita-lo :)

daeleon disse...

Puta merda,não tenho um útero e sou um publicitário em crise criativa para apontar saídas para o problema :P

mas eu li pelo menos,já engrossa a lista da mãe,da namorada...
feito :)